Os vereadores de Aracaju discutem, no próximo dia 6 de dezembro, segunda-feira, os rumos da pediatria na rede privada da capital. A sessão especial será dedicada ao Movimento dos Pais pela volta das pediatrias na Rede Privada de Aracaju. Membros da comissão de pais de segurados por planos de saúde vão pedir o apoio dos parlamentares para evitar que o quadro piore ainda mais. Com o fechamento da emergência pediátrica do Hospital São Lucas a rede privada fecha suas portas para as crianças.
“A sessão especial na Câmara Municipal é mais um passo que damos para ampliar essa discussão. O Ministério Público Estadual, através da promotora Euza Missano, vem tentando há um bom tempo solucionar esse problema e nós resolvemos participar dessa briga”, afirma Karina Drummond. As negociações tocadas pelo MP não contavam antes com representantes de usuários de planos de saúde.
As discussões vinham sendo travadas apenas entre as empresas de planos de saúde, hospitais e médicos pediatras. Os pais apenas assistiam. “O movimento está sendo formado ainda e o objetivo é fortalecer o maior interessado nessa questão, que são os pais. Eles decidem fechar as emergências pediátricas e nós ficávamos vendo tudo de camarote. Agora temos voz e vamos exigir nossos direitos”, assegura Karina.
O movimento pretende realizar atos de protesto para chamar a atenção de hospitais e planos de saúde. As manifestações silenciosas devem ocorrer inicialmente em frente aos hospitais. “O que levaremos para a Câmara de Vereadores é nossa indignação. Esse sentimento de pais que não aceitam ficar sem assistência para seus filhos. Vamos para a porta dos hospitais particulares que fecharam a pediatria exigir a reabertura”, observa.
Karina Drummond afirma que o movimento demorou a ganhar força, mas espera que os pais passem a participar, exigindo seus direitos. “Os planos de saúde venderam seus produtos oferecendo hospitais, a exemplo do São Lucas e da Renascença. Por isso têm que respeitar os contratos. Vamos pedir aos vereadores agora, e depois aos deputados, a criação de leis que assegurem a existência de pediatria nos hospitais. Ou então essas unidades de saúde se tornarão ‘supermercados de saúde’”, argumenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário